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Os dados da equação climática sugerem que a humanidade perdeu o timmimg da mitigação capaz de refrear as causas do aquecimento global.
Artigo assinado por Roberto Savio, da IPS – Agência de notÃcias Inter Press Service, expõe números de uma contagem regressiva que analisada com atenção provoca calafrios.
O capitalismo encurralou o futuro da humanidade em uma estreita pinguela de uma década e meia, se tanto.
Esse seria o tempo disponÃvel para limar divergências, pactuar metas, dividir cotas e iniciar, por volta de 2020, um corte de 40% a 70% no volume de emissões de gases de efeito estufa, a ser concluÃdo até 2050.
A base de referência seria o nÃvel de emissões de 2010.
Detalhe: aquilo que se preconiza como imperativo para as próximas três décadas destoa brutalmente da tendência registrada nas três anteriores.
As emissões no perÃodo só fizeram crescer, em degraus ascendentes.
A redução heroica projetada agora marcaria a derradeira chance de se evitar que a temperatura média no planeta aumente mais de 2 graus Celsius até o final deste século.
A ciência adverte que qualquer degrau além disso adicionaria um roteador endiabrado à dinâmica dos eventos extremos, anulando qualquer esforço de readaptação da atividade humana no planeta.
Mais que a indiferença diante da fatalidade, a prostração na boca do funil reflete, em primeiro lugar, um déficit de liderança na condução da agenda ambiental.
Ressalvadas honrosas exceções, ao menos no Brasil, o ambientalismo sempre resistiu em associar a sua luta à superação da ordem neoliberal.
Exemplo dessa contradição é o discurso da ex-ministra Marina Silva, atual candidata a vice na chapa de Eduardo Campo.
O que temos aqui? Temos aqui um inebriante coquetel de socialismo e ambientalismo ajoelhados no altar da ortodoxia mais rudimentar e obtusa.
Campos e Marina entendem que o governo Dilma é ‘intervencionista’.
Seu ambientalismo é cevado nas reflexões do decrescimento evocadas pelo econeoliberal, André Lara Resende, formulador de uma agradável simbiose entre arrocho fiscal e vapores sustentáveis.
A classe média semi-culta e semi-informada se inebria.
Tudo o mais fica subordinado à mais estrita vigilância de um Banco Central independente, avisa Marina Silva.
Não vamos longe por aÃ.
Neomalthusianos tingidos de verde deveriam admitir, a bem da verdade, que a bandeira do 'decrescimento’ já se encontra em vigor em sociedades dÃspares, da Ãfrica subsaariana à s economias europeias à s voltas com a deflação, sob o torniquete de Merkel & FMI.
Os desdobramentos em marcha na forma de desemprego, fome e diáspora jovem estão longe de irradiar uma aurora sustentável.
1/3 da humanidade ainda depende da queima de lenha ou carvão (leia-se, derrubada de florestas) para preparar uma simples refeição.
Quase um bilhão de seres humanos vive no calabouço da fome crônica. Outro tanto moureja a terra nua dispondo tão somente da força muscular para extrair seu sustento.
Mais decrescimento que isso?
Para escapar à lógica do fim do mundo –se é que ainda há tempo— é preciso incorporar as circunstâncias da história realmente existente à equação sustentável.
O artigo de Roberto Sávio lembra que isso está longe de ser resolvido:
‘Dez paÃses causam 70% do total de poluição mundial (...) os Estados Unidos e a China são responsáveis por 55% (dela); China: os paÃses ricos que criaram o atual problema querem que tomemos medidas que atrasem nosso crescimento?’.
Não se trata de uma contabilidade estática.
Nas últimas décadas, a desregulação imposta a todos os nÃveis da atividade humana agravou os contornos da crise social e ambiental.
Se os fundos especulativos conseguem dobrar o rendimento dos detentores da riqueza financeira em prazos curtÃssimos, todos os demais setores da economia capitalista terão que perseguir idêntica voragem. Do contrário, acionistas insaciáveis fritarão o fÃgado de gestores empedernidos numa grande fogueira de ações nas Bolsas de Valores.
A dominância financeira impõe há mais de 40 anos uma aceleração predatória em todas as latitudes, do macro ao micro.
Acelerar, no léxico dos mercados, significa desregular. O quê? Tudo: da proteção ao trabalho à exploração das riquezas naturais.
A pedra de toque do jogo do fim do mundo são os direitos de saque sobre a riqueza disponÃvel, exercido pela papelama rentista cujo montante supera os US$ 600 trilhões: 10 vezes a soma do PIB planetário.
Eis o moinho satânico do nosso tempo, cujo poder de esmagamento dissemina um padrão de retorno financeiro incompatÃvel com os valores que orientam a vida em sociedade e com as taxas de regeneração dos sistemas naturais.
A omissão ‘verde’ não isenta a negligência da esquerda diante do colapso que o IPCC prenuncia.
A década de governos do PT tirou 50 milhões de brasileiros da miséria.
Nunca é demais reiterar aquilo que desespera o conservadorismo: isso mudou a geografia polÃtica do paÃs. Talvez de forma irreversÃvel nos marcos da legalidade.
O que mais o PT tem a dizer a esse universo que ascendeu ao consumo e, sobretudo, como pretende que ele assuma o comando de seu destino rumo a uma cidadania plena, se no meio do caminho tem uma pedra ambiental esmagadora?
Como assegurar que a renda do pré-sal, ademais de financiar a educação pública de qualidade, erga linhas de passagem para uma matriz energética verdadeiramente à altura dos desafios do século XXI?
Os cálculos do IPCC indicam que o sopro da barbárie já respira no planeta.
Ou alguém acredita que um poder internacional dominado pela supremacia financeira, incapaz de regular o dinheiro, terá reservas de responsabilidade para limitar as emissões poluentes no volume preconizado pelo IPCC, e dentro do exÃguo espaço de tempo que nos resta?
As linhas da urgência ambiental e a da prostração polÃtica indicam que a batalha da mitigação, por ora, foi perdida.
Resta saber se a esquerda será capaz de recuperar o tempo perdido para dar à humanidade uma segunda chance de adiar o fim do mundo.
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Leia “O futuro do nosso planeta depende de 58 pessoas”, de Roberto Savio: http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Meio-Ambiente/O-futuro-do-nosso-planeta-depende-de-58-pessoas-/3/30758
Com a finalidade de aprofundar o debate, consolidar e compartilhar o conhecimento sobre as polÃticas públicas e a (in)equidade do sistema tributário nacional, o Instituto Justiça Fiscal (IJF) promove em Porto Alegre o seminário “Tributação e Justiça Fiscal”, dias 28 e 29 de abril. O objetivo é definir propostas de aperfeiçoamento da legislação tributária no interesse da sociedade e analisar os limites institucionalizados para a mudança.
A tributação, além de sua função original de prover recursos para o financiamento das polÃticas públicas, pode se converter em um poderoso instrumento para a redução da desigualdade social e para a construção de uma sociedade mais justa, desde que seja formulada sobre os alicerces da solidariedade e da igualdade.
A distribuição do ônus do financiamento do Estado entre as diferentes classes sociais decorre diretamente da correlação de forças existente na sociedade e serve, portanto, para indicar a configuração da hegemonia polÃtica que controla o Estado num determinado tempo. Desde as manifestações ocorridas no ano passado parece que a sociedade consensuou que a estrutura polÃtica brasileira posta-se de forma mais ou menos impermeável à s demandas sociais. Os avanços polÃtico-sociais-econômicos movem-se a passos extremamente lentos, sempre num modo de manter o status quo, e uma das razões para tal parece estar na formação da composição dos legislativos nacional e estaduais.
Considerando que o financiamento privado das campanhas eleitorais, em especial a dependência de “doações” empresariais, tem influenciado diretamente o resultado eleitoral e subordinado a participação social ao poder econômico das empresas [1], o IJFl, com o apoio de outras forças da sociedade civil, quer levar ao conhecimento da sociedade (e dos eleitores, em geral) como ocorre a formação legislativa no Brasil.
Assim, encerrando o seminário sobre Tributação e Justiça Fiscal, o IJF lança a campanha “Donos do Congresso”, e disponibiliza um site de consulta com a identificação dos financiadores das campanhas eleitorais: www.donosdocongresso.com.br.
Precisamos resgatar o processo polÃtico e tomá-lo em nossas mãos, de modo a influenciar a definição da formação legislativa – uma prerrogativa que deve ser exclusivamente nossa.
PROGRAMAÇÃO
>No dia 28, à s 14 horas, os palestrantes auditor fiscal da Receita Federal e professor universitário de Fortaleza Marcelo Siqueira Lettieri, a professora do Instituto de Economia da UFRGS Rosa Ângela Chieza e o presidente da CUT/RS e representante da Coordenação dos Movimentos Sociais Claudir Nespolo apresentarão para debate um diagnóstico sobre os sistema tributário nacional e um conjunto de propostas especÃficas de modificação necessárias para a legislação tributária, bem como sobre o papel dos movimentos sociais.
>No dia 29, à s 14 horas, os palestrantes deputado estadual do RS Raul Pont, ex- governador do RS Germano Rigotto, ex-deputada federal Luciana Genro, o secretário de finanças de São Bernardo do Campo Alexandre Cialdini e o advogado e professor de direito da Unisinos Marciano Buffon, farão uma sÃntese acerca dos principais problemas e dos entraves polÃticos e estruturais que dificultam a construção de um sistema tributário mais justo para o PaÃs.
> No dia 29, à s 17:30h – Lançamento da campanha “Os Donos do Congresso”. O site Os Donos do Congresso permite a todos os cidadãos eleitores acessar, de forma transparente e amigável, informações sobre a história e as ideias do seu candidato, bem como o financiamento de campanha eleitoral declarado pelos polÃticos eleitos nas eleições de 2010.
A partir do mapeamento de todos os financiadores de campanha declarados nas prestações de contas apresentadas ao TSE, é possÃvel dimensionar o nÃvel de comprometimento de cada candidato e/ou partido com determinados setores empresariais, bem como compreender o tamanho das dificuldades para implementar e fazer avançar os projetos de interesse social, tais como uma reforma tributária.
No inÃcio da campanha eleitoral de 2014 o site www.donosdocongresso.com.br passará a disponibilizar os dados de financiamento dos candidatos que estarão concorrendo, na medida em que as prestações sejam apresentadas ao TSE e disponibilizadas em seu site.
Pedimos a gentileza de confirmarem presença no Seminário até o dia 25 de abril através do e-mail secretaria@ijf.org.br (a participação independe da confirmação).
O evento, de iniciativa do Instituto Justiça Fiscal - IJF, ocorrerá, no dia 28 das 14 às 18 horas, no Auditório Romildo Bolzan, do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul; e no dia 29, das 14h às 17h30, no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre.
Pesquisa divulgada semana passada (14.04) pela maior federação sindical dos Estados Unidos conclui que os diretores executivos das principais corporações do paÃs ganharam 331 vezes mais dinheiro do que um trabalhador médio em 2013.*
Segundo a base de dados de 2014 da Federação Americana do Trabalho e Congresso de Organizações Industriais (AFL-CIO, na sua sigla em inglês), os executivos de 350 empresas do paÃs ganharam em média 11,7 milhões de dólares no ano passado, em comparação com um trabalhador médio, que recebeu 35.293 dólares.
Esses mesmos chefes tiveram, aproximadamente, uma renda 774 vezes maior que os trabalhadores receberam no salário-mÃnimo federal por hora, 7,25 dólares, pouco mais de 15 mil dólares ao ano, de acordo com a base de dados.
Outra pesquisa das principais 100 corporações norte-americanas divulgada no domingo (13.04), pelo New York Times, concluiu que os ganhos médios de uma liderança dessas empresas no ano passado foi ainda superior: 13,9 milhões de dólares.
Esse relatório, o Equilar 100 CEO Pay Study, determina que, ao todo, esses altos executivos ganharam 1,5 bilhão de dólares em 2013, ainda mais do que no anterior. Como nos últimos anos, quem teve mais dinheiro foi Lawrence Ellison, diretor-executivo da Oracle: 78,4 milhões de dólares.
Os dois estudos, divulgados enquanto dezenas de milhões de pessoas fizeram sua declaração anual de impostos, colocam lenha no acalorado debate sobre o aumento da desigualdade de renda nos EUA. Esse fenômeno saltou para o primeiro plano com o movimento Occupy Wall Street de 2011.
O presidente Barack Obama a descreveu como “o desafio que define nosso tempo”, enquanto começa a campanha pelas eleições legislativas de meio de mandato. Ele tentou dar uma resposta aumentando o salário-mÃnimo e aumentando os benefÃcios por desemprego e o pagamento de horas extras aos trabalhadores federais, entre outras medidas.
O fato de Obama ter colocado como alvo a desigualdade e os perigos que ela traz lhe fez ganhar certo respaldo intelectual, inclusive teológico, nos últimos meses. Em uma revisão de sua tradicional ortodoxia neoliberal, o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou um estudo no último mês sobre os efeitos negativos da desigualdade no crescimento econômico e na estabilidade polÃtica.
A diretora gerente do FMI, Christine Lagarde, advertiu que a desigualdade cria “uma economia da exclusão” e que ameaça “o valioso tecido que mantém nossa sociedade unida”. O papa Francisco também se pronunciou reiteradamente sobre os perigos que a desigualdade econômica pode provocar em uma reunião privada que realizou com Obama no mês passado no Vaticano.
O relatório “Global Risks” do Fórum Econômico Mundial, publicado em janeiro, argumenta que a marcante desigualdade de renda será o maior risco para a estabilidade mundial na próxima década.
Neste contexto, um novo estudo do economista francês Thomas Piketty, “O capital no século XXI”, que compara a desigualdade de hoje com a do final do século XIX, recebe crÃticas favoráveis em praticamente todas as publicações dominantes. A obra se baseia em dados de dezenas de paÃses do Ocidente se remetendo aos dois séculos. Piketty expõe a necessidade de medidas radicais de redistribuição como um “imposto mundial ao capital” para reverter as atuais tendências em direção a uma maior desigualdade. O autor está em Washington para discorrer diante de especialistas de vários centros de pesquisa.
A sentença da Suprema Corte de Justiça que, no começo do mês de abril, ampliou os limites das contribuições que os opulentos podem fazer aos partidos polÃticos e à s campanhas eleitorais faz com que muitos temam que a democracia norte-americana vá por um caminho que leve a uma plutocracia.
De todos os paÃses do Ocidente, o que registra maior disparidade de renda é os Estados Unidos, segundo várias medições. Em seu livro, Piketty mostra que esta atual desigualdade dos Estados Unidos ultrapassa a que a Europa tinha em 1990.
A diferença de 331 para um entre o que os 350 diretores executivos e o trabalhador médio ganham é coerente com a brecha salarial caracterÃstica da última década. Tal realidade contrasta drasticamente com a que existia depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Em 1950, por exemplo, os salários dos diretores das corporações eram 20 vezes maiores que os dos trabalhadores.
Em 1980, antes de o governo de Ronald Reagan (1981-1989) começar a implementar suas polÃticas econômicas da “magia de mercado”, tinha que multiplicar por 42 o salário de um trabalhador para obter o de um alto executivo, segundo Sarah Anderson, estudiosa veterana de compensações do Instituto de Estudos PolÃticos de Washington.
“Não acredito que ninguém, com exceção talvez de Larry Ellison, possa dizer que os gerentes de hoje são uma forma evoluÃda dos homo sapiens em comparação com seus predecessores de 30 ou 60 anos atrás”, zombou Bart Naylor, promotor de polÃticas financeiras da organização Public Citizen.
“Os que criaram a indústria farmacêutica e a da alta tecnologia... eram altos executivos e não drenavam a economia do modo como os executivos de hoje fazem”, disse à IPS.
“O maquinário de recompensas aos executivos está arruinado”, acrescentou.
O mortificante para os sindicalistas é que muitas dessas empresas argumentam que não podem se dar ao luxo de aumentar os salários de seus trabalhadores.
“Pay Watch chama atenção sobre o nÃvel caótico de compensações dos diretores executivos, enquanto os trabalhadores que criam esses lucros corporativos não conseguem sequer receber o suficiente para cobrir gastos básicos”, disse o presidente da AFL-CIO, Richard Trumka.
“Considerem os benefÃcios da aposentadoria do presidente da companhia Yum Brands, que possui o KFC, Taco Bell e Pizza Hut: mais de 232 milhões de dólares, com impostos diferidos”, disse Anderson.
“É bastante obsceno para uma corporação que emprega mão de obra barata”, completou.
Atualmente, o Congresso legislativo considera várias medidas para abordar o assunto, apesar de a maioria contar com a oposição dos republicanos, que são maioria na Câmara dos Representantes.
Entretanto, um projeto tributário apresentado pelo presidente do poderoso Comitê de Meios e ArbÃtrios da casa pode colocar fim a uma clara injustiça, a que exime os executivos de pagar impostos pelos “honorários por desempenho” que recebem quando cumprem metas estabelecidas pela diretoria da empresa.
Além disso, a Comissão Nacional de Valores começa a aplicar uma norma pendente há tempos que exigirá que as corporações que têm ações na bolsa revelem os salários de seus diretores executivos, comparados com os de seus empregados em tempo integral, parcial, temporário e sazonal, tanto norte-americanos como estrangeiros.
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*Em 2013, os executivos da diretoria do Itaú recebiam 9,05 milhões por ano, em média – 235 vezes o piso dos bancários. No Bradesco, que pagava R$ 5 milhões anuais a seus executivos, a diferença é de 130 vezes. Para ganhar a remuneração mensal de um executivo, um caixa do Itaú tem que trabalhar 16 anos e o do Bradesco, 9 anos. A desigualdade é assustadora, mas não chega a alcançar a dos EUA. (Nota da editora)
Tradução: Daniella Cambaúva
A campanha pelas TTF demanda uma taxa sobre as transações financeiras internacionais – mercados de câmbio, ações e derivativos. Com alíquotas menores que 1%, elas incidirão sobre um volume astronômico de recursos pois esses mercados giram trilhões de dólares por dia.
http://www.outraspalavras.net