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O tÃtulo desconvida à leitura. O estudo “Quantificação do Alto NÃvel de Endogeneidade e Mudanças do Regime Estrutural em Mercados de Commodities” soa como grego a ouvidos leigos. Realizado pelo Swiss Federal Institute of Technology de Zurique, na Alemanha, e pela UNCTAD (Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento), sua principal descoberta pode, assim, passar desapercebida – mas é da maior relevância para todos nós, que a cada ida à feira ou supermercado vemos aumentar o valor gasto e diminuir o volume comprado.
“Pelo menos 60 a 70% das mudanças no preço das commodities são decorrentes de atividades autogeradas nos mercados financeiros”, afirma o estudo. Com 'atividades autogeradas' os autores querem dizer: baseadas no comportamento dos preços nas telas de computador, e não em informações reais, tais como “rumores sobre uma seca no Casaquistão” etc. Em português claro: Os preços das commodities são pelo menos 60 a 70% determinados pelo “cassino” nos mercados de commodities. E isso não é uma afirmação vaga, mas baseada em sólida análise cientÃfica. O estudo trata especificamente do milho, óleo, soja, açúcar e trigo, assim como dos contratos futuros mais negociados.
O paper é tão técnico porque não é fácil determinar, cientificamente, se um comerciante tomou sua decisão por causa da mudança de preço que viu na tela do computador, por ter lido o último release da Reuters ou ainda porque recebeu um telefonema. Essa é também a razão porque são fÃsicos e matemáticos que estão fazendo esse tipo de pesquisa. Politicamente, o estudo da universidade de Zurique e das Nações Unidas é tão importante porque prova que o processo de formação de preço nos mercados de commodities está quebrado e o sistema tornou-se disfuncional.
Intermediários
Tão disfuncional que cada quilo de milho é negociado globalmente 24 vezes, antes de chegar ao consumidor final. Para o trigo, a proporção sobe para 46. Os dados são de um relatório recente da ONG inglesa Oxfam. A especulação contribui para o aumento da volatilidade e tendência de alta nos preços das commodities, com consequências dramáticas para as populações mais vulneráveis. Durante a crise alimentar de 2010, os preços subiram 30%, mergulhando pelo menos mais 40 milhões de pessoas na pobreza absoluta.
É óbvio que a especulação não é a única responsável pela fome no mundo: a grilagem de terras e a desapropriação de agricultores, a produção de biocombustÃveis em detrimento da produção de alimentos, a dÃvida externa e as polÃticas de austeridade são parte do mesmo sistema que beneficia setores financeiros e multinacionais. Tudo isso reforça a demanda pela taxação das transações financeiras – de modo a colocar limites em um sistema predatório e a colaborar na redução da extrema desigualdade existente no planeta.
A campanha pelas TTF demanda uma taxa sobre as transações financeiras internacionais – mercados de câmbio, ações e derivativos. Com alíquotas menores que 1%, elas incidirão sobre um volume astronômico de recursos pois esses mercados giram trilhões de dólares por dia.
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