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Um plano para reprimir a ação das corporações que usam artimanhas fiscais para reduzir o valor dos impostos devidos foi anunciado na última sexta-feira, 19 de julho, na reunião de ministros das finanças do G20, em Moscou. Integram o grupo as maiores economias desenvolvidas e emergentes, responsáveis por 90% da produção mundial. A delegação brasileira foi liderada por Carlos Márcio Cozendey, secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda.
“A agenda do G20 está crescendo no combate à fraude e evasão fiscal, aos paraÃsos fiscais”, afirmou o diplomata. “É uma agenda que tem apoio do Brasil e esperamos chegar a resultados que contribuam para reduzir esses problemas em nÃvel global.” O plano foi elaborado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD), que reúne os 34 paÃses mais ricos do planeta. O Brasil é observador em alguns de seus comitês e normalmente não endossa os comunicados do grupo, mas tem especial interesse em questões que envolvem a transferência de lucros e dividendos de multinacionais para jurisdições mais favoráveis.
Trata-se do “fim de uma era de ouro” para as multinacionais, afirmou o representante da OECD, Pascal Saint-Amans. Especialmente na Europa, cresce a pressão para coibir esquemas tributários agressivos, mas não necessariamente ilegais, pelos quais grandes empresas declaram seus lucros e dividendos em paÃses com baixa ou nenhuma tributação. Em 2012, o valor dos impostos pagos por 32 multinacionais norte-americanas foi de apenas 17% de sua renda, embora a taxa legal no paÃs seja de 35%. O valor evadido, de 72 bilhões de dólares, corresponde a quase todo o orçamento federal para a educação em 2013.
Para a OECD, que tem base em Paris, o esforço para reconfigurar as regras tributárias internacionais é uma chance de evitar “o caos tributário global”, e sua falência pode resultar em ações unilaterais de governos. PaÃses que não pertencem à organização, tais como Ãndia e China, são convidados a participar na reformulação das regras em pé de igualdade com os membros do grupo, na tentativa de alcançar um acordo global.
O plano define 15 pontos para bloquear lacunas entre os sistemas tributários nacionais e inclui propostas para enfrentar a evasão de impostos pela troca de bens intangÃveis, como marcas, entre grupos de empresas, e modalidades de negócio amplamente usadas pelas multinacionais, inclusive as digitais Google e Amazon, para limitar o valor de impostos nos paÃses onde fazem suas vendas. Também serão examinadas outras questões sobre a taxação da economia digital.
Embora afirmando que o projeto é bem-vindo, um representante das multinacionais norte-americanas disse esperar “cautela para assegurar que as mudanças serão facilmente administradas pelas corporações e não se desviarão significativamente da lei atual.” O grupo que faz lobby empresarial no Reino Unido disse que as “regras e princÃpios internacionais já existentes funcionam bem”, mas reconheceu a necessidade de “reforma em áreas de tributação internacional que podem causar confusão sobre onde o imposto deve ser alocado e há risco de tributação múltipla ou não tributação”.
A reunião dos ministros das finanças é preparatória à oitava cúpula do lÃderes de governo do G20, que acontece em São Petersburgo nos dias 5 e 6 de setembro. O G20 é o principal fórum de cooperação internacional e está sob a presidência da Rússia pela primeira vez, desde dezembro passado.
A campanha pelas TTF demanda uma taxa sobre as transações financeiras internacionais – mercados de câmbio, ações e derivativos. Com alíquotas menores que 1%, elas incidirão sobre um volume astronômico de recursos pois esses mercados giram trilhões de dólares por dia.
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