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JuÃzes, fiscais e especialistas anticorrupção de 15 paÃses enviaram carta aos lÃderes do G8 (Estados Unidos, Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão, Reino Unido e Rússia) em que urgem os governantes das oito potências globais que se reunirão semana que vem (17 e 18.06) na Irlanda do Norte a tomar medidas contra a corrupção, a evasão fiscal e o branqueamento de capitais.
Para eles, o G8 não só precisa colocar essas medidas em prática como também estender a proposta a outros paÃses. “A desarticulação do sistema financeiro naquilo que facilita a corrupção será de grande ajuda para assegurar a nossos paÃses os recursos necessários a um desenvolvimento sustentável de longo prazo” – afirmam os 15 especialistas da Europa, Américas e Ãfrica. PaÃses em desenvolvimento perderam 5,86 trilhões de dólares em fluxos financeiros ilÃcitos na década de 2001 a 2010 – que poderiam ter sido investidos em saúde, educação e saneamento básico.
“Temos testemunhado os efeitos prejudiciais dos saques ao Estado cometidos por polÃticos e funcionários sem escrúpulos”, diz a carta, firmada entre outros pelo juiz Baltasar Garzón, pelo ex-fiscal anticorrupção argentino Manuel Garido, o ex-consultor do Banco Mundial Richard Messick, o presidente da Rede de Justiça Fiscal dos EUA e do comitê de especialistas em recuperação de ativos da ONU Jack A. Blum, a presidente da Transparência Internacional do Canadá Huguette Labelle e o fiscal brasileiro Silvio Antonio Marques.
Eles propõem que os paÃses do G8 se comprometam com medidas que impeçam a utilização de empresas de fachada para ocultar atividades criminais. “PolÃticos corruptos, sonegadores de impostos e criminosos organizados utilizam redes complexas de empresas para esconder e lavar dinheiro roubado” - afirmam. Parte da solução seria obrigar a identificação dos proprietários beneficiários de todas as empresas. Propõem também que essa informação seja de domÃnio público, o que tornaria mais fácil “apanhar os lavadores de dinheiro, assim como fazer com que as empresas prestem contas de suas ações aos cidadãos e jornalistas".
No documento, asseguram que “a grande corrupção não seria possÃvel sem a ajuda do sistema financeiro global, em particular dos bancos que aceitam ativos corruptos e normas de confidencialidade”. Por isso, outra medida proposta ao G8 é impor “multas fortes”, verdadeiramente "dissuasórias" aos bancos e executivos que infrinjam as regras antibranqueamento.
REINO UNIDO, O ANFITRIÃO
O primeiro ministro britânico, David Cameron, que receberá os membros do G8 na Irlanda do Norte – um de seus domÃnios –, declarou que transparência será um dos temas-chave de sua presidência no G8. É sua chance de honrar a promessa. Seu governo precisa garantir que em nenhuma parte do Reino Unido exista um paraÃso fiscal seguro para o dinheiro da corrupção. Transparência, inclusive sobre quem é o beneficiário, é parte fundamental da solução.
Dinheiro de corrupção flui através do Reino Unido, em particular por meio da indústria de serviços financeiros. Para conter o fluxo do dinheiro da corrupção, governos e instituições financeiras precisam identificar quem são de fato os donos do dinheiro – o que é quase impossÃvel no sistema atual. Com uma conexão de internet, um cartão de crédito e um valor inferior a 600 libras, em 10 minutos é possÃvel abrir uma firma de fachada, usando os serviços profissionais de advogados e contadores que não farão perguntas difÃceis.
O governo precisa garantir que os beneficiários efetivos das empresas registradas no Reino Unido sejam declaradas em registros acessÃveis aos órgãos reguladores, instituições financeiras e população. Isso daria aos cidadãos em todo o mundo (cujos recursos acabam em Londres) a oportunidade de cobrar responsabilidade de seus governos. Além dos clientes corruptos, é preciso reprimir quem está abusando do sistema, como advogados, contadores, banqueiros e outros profissionais que estão deixando isso acontecer intencionalmente.
A Europa está atenta à cúpula do G8. Em Paris, a Plataforma ParaÃsos Fiscais e Judiciais organiza nesta sexta-feira (14.06), com entrada gratuita, um amplo simpósio intitulado "ParaÃsos Fiscais: que papel tem a França", com especialistas, polÃticos e lÃderes de ONGs. Na programação estão incluÃdos paineis e debates sobre os paraÃsos fiscais do G20 e da União Europeia, como o Canadá ou Mônaco; sobre "os intermediários da delinquência financeira"; sobre a tributação de multinacionais, com representantes da OCDE; e sobre o papel da França nesse cenário.
Com El PaÃs e Transparência Internacional
A campanha pelas TTF demanda uma taxa sobre as transações financeiras internacionais – mercados de câmbio, ações e derivativos. Com alíquotas menores que 1%, elas incidirão sobre um volume astronômico de recursos pois esses mercados giram trilhões de dólares por dia.
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