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Os comunicados publicados dia 18 de junho sobre o encontro do G8 em Lough Erne, na Irlanda do Norte, colocam princÃpios importantes de luta contra os paraÃsos fiscais, mas salta à vista a impossibilidade de os paÃses chegarem a um acordo sobre os modos concretos de ação.
Os princÃpios estabelecidos pela declaração final da cúpula confirmam, e é o mÃnimo que se poderia esperar, os compromissos assumidos pelos principais paÃses nas últimas semanas:
1. As autoridades fiscais deverão adotar a troca automática de informações fiscais, mas nada é dito sobre o alcance desse intercâmbio, que, por ser eficaz, deve ser o maior possÃvel. Nada também sobre o calendário. Esperemos que a União Europeia avance nesse campo, as negociações estão em curso, a Comissão europeia apresentou propostas para uma ampla troca semana passada.
2. Os paÃses devem mudar as regras que permitem à s empresas deslocar seus lucros para evitar pagamento de impostos. Um belo engajamento, mas nada de preciso ou concreto e nenhum calendário, ainda que o primeiro-ministro britânico tenha dito em coletiva de imprensa que aguardava o estudo solicitado à OCDE sobre o assunto (que sairá no inÃcio de julho).
3. As empresas multinacionais devem declarar à s autoridades fiscais o valor dos lucros obtidos e os impostos que pagam em cada paÃs. Obviamente, a informação não estará disponÃvel ao público e investidores. O argumento das grandes empresas é que, se divulgarem as informações, paÃs por paÃs, irão fornecer à concorrência dados importantes – que ela obviamente já tem. Como se uma multinacional pudesse de repente descobrir que seus principais concorrentes ocupam um mercado em que ela nunca havia pensado! RidÃculo.
4. As sociedades devem ser informadas sobre quem são os verdadeiros proprietários, e as administrações tributárias poderão solicitar essas informações. Uma forma, em princÃpio, de dar transparência aos negócios de empresas de fachada. Mais uma vez, nenhum calendário.
5. Os paÃses do Norte devem ajudar os paÃses do Sul a beneficiar-se das receitas fiscais à s quais têm direito. Isso cheira a: “como não se pode confiar no governo de um monte de paÃses do Sul para a troca automática de informações fiscais, reservamo-nos o direito de ajudar aqueles que desejarmos”.
6. Finalmente, o começo de um novo avanço: aqueles que agem em nome dos proprietários beneficiários de trustes devem estar cientes sobre quem é responsável pelo dinheiro e a quem este é entregue, e essa informação deve estar disponÃvel à s autoridades públicas. De sua parte, o governo britânico está empenhado em implementar mecanismos para compartilhar informações com autoridades estrangeiras.
Ou seja: é a primeira vez que o sigilo fiscal está em discussão, e espera-se que esta primeira declaração seja seguida de outras: além da troca automática de informações, que ajuda a liquidar o sigilo bancário, impor transparência aos trustes desafia o outro braço do sigilo fiscal. Para o compromisso britânico valer a pena, é necessário que o governo Cameron force as ex-colônias britânicas a fornecer tais informações, e isso não está garantido...
Infelizmente, a notÃcia diz claramente que, apesar das declarações dos últimos meses, os paÃses do G8 não estão todos de acordo sobre a forma de colocar seus princÃpios em prática – o que significa que eles não concordam sobre o grau de transparência que deve haver na sua implementação. O G8 refere-se, assim, ao compromisso de cada paÃs de elaborar um plano de ação que estabeleça as modalidades práticas para transformar esses princÃpios em ação. É necessário, pois, manter a vigilância.
Tradução: Inês Castilho
A campanha pelas TTF demanda uma taxa sobre as transações financeiras internacionais – mercados de câmbio, ações e derivativos. Com alíquotas menores que 1%, elas incidirão sobre um volume astronômico de recursos pois esses mercados giram trilhões de dólares por dia.
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