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A revista Forbes elaborou uma lista com os cinco polÃticos mais ricos do Brasil, usando dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Somados, os parlamentares detêm patrimônio de US$ 3,2 bilhões.
A revista cita a corrupção no paÃs com um grande problema e ressalta que, na lista, estão empresários que construÃram sua fortuna antes de entrar na polÃtica. Porém, ao apresentar Paulo Maluf, na quinta colocação, a Forbes lembra que ele está na lista de procurados da Interpol.
1 – LÃrio Albino Parisotto – U$$ 1,9 bilhão: Suplente do senador Eduardo Braga (PMDB-AM), Parisotto é um dos maiores investidores do mercado de ações no Brasil.
2 – Blairo Maggi (foto) – U$$ 960 milhões: Na matéria, o senador pelo PR do Mato Grosso é apresentado como um dos homens mais importantes da agricultura no Brasil. Maggi é dono do Grupo Andre Maggi, o maior produtor de soja do mundo.
3 – Marcelo Beltrão de Almeida – U$$ 200 milhões: Herdeiro do grupo CR Almeida. O deputado federal, pelo PMDB do Paraná, está cogitando uma vaga no Senado em 2015.
4 – Otaviano Olavo Pivetta – U$$ 100 milhões: Mais um representante do agronegócio. Prefeito de Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, pelo PDT, Pivetta é o maior investidor individual da Vanguarda do Aço.
5 – Paulo Maluf – U$$ 33 milhões: Acusado de corrupção e condenado pelo Tribunal de Jersey a devolver U$ 32 milhões aos cofres paulistas, o ex-prefeito de São Paulo e atual deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) controla a Eucatex, uma das maiores fornecedoras de material de construção do paÃs.
O patrimônio das 15 famÃlias mais ricas do Brasil, segundo lista divulgada pela revista Forbes, é dez vezes maior que a renda de 14 milhões de grupos familiares atendidos pelo programa Bolsa FamÃlia. De acordo com a publicação americana, os 15 clãs mais abastados do Brasil concentram uma fortuna de 270 bilhões de reais, cerca de 5% do PIB do PaÃs. O Bolsa FamÃlia, por sua vez, atendeu 14 milhões de famÃlias em 2013 com um orçamento de 24 bilhões de reais, equivalentes a 0,5% do PIB.
Lidera a lista da Forbes a famÃlia Marinho, dona das Organizações Globo. Os irmãos Roberto Irineu Marinho, João Roberto Marinho, José Roberto Marinho possuem uma fortuna de 64 bilhões de reais. Outra empresa de mÃdia que aparece na lista é o Grupo Abril, do clã Civita, com patrimônio de 7,3 bilhões de reais.
O setor bancário se destaca na origem das fortunas das famÃlias mais ricas do Brasil, representado pelos clãs Safra (Banco Safra), Moreira Salles (Itau/Unibanco), Villela (holding Itaúsa), Aguiar (Bradesco) e Setubal (Itaú).
Eram três os bilionários do Brasil em 1987, quando a Forbes produziu a primeira lista: Sebastião Camargo (Grupo Camargo Correa), Antônio ErmÃrio de Moraes (Grupo Votorantim) e Roberto Marinho (Organizações Globo). Hoje são 65, 25 deles parentes, o que leva a revista americana a constatar que, para se tornar um bilionário no Brasil, o mais importante é ser um herdeiro.
Segue a lista das famÃlias mais ricas do Brasil:
1) Marinho, Organizações Globo, US$ 28,9 bilhões
2) Safra, Banco Safra, US$ 20,1 bilhões
3) ErmÃrio de Moraes, Grupo Votorantim, US$ 15,4 bilhões
4) Moreira Salles, Itaú/Unibanco, US$ 12,4 bilhões
5) Camargo, Grupo Camargo Corrêa, US$ 8 bilhões
6) Villela, holding Itaúsa, US$ 5 bilhões
7) Maggi, Soja, US$ 4,9 bilhões
8) Aguiar, Bradesco, US$ 4,5 bilhões
9) Batista, JBS, US$ 4,3 bilhões
10) Odebrecht, Organização Odebrecht US$ 3,9 bilhões
11) Civita, Grupo Abril, US$ 3,3 bilhões
12) Setubal, Itaú, US$ 3,3 bilhões
13) Igel, Grupo Ultra, US$ 3,2 bilhões
14) Marcondes Penido, CCR, US$ 2,8 bilhões
15) Feffer, Grupo Suzano, US$ 2,3 bilhões
O arranha-céu está vazio. Um homem se aproxima de uma grande janela, da qual se veem outros edifÃcios que compõem o distrito financeiro de Frankfurt. O homem diz: “Em uma sala como esta, um lugar sagrado, uma ‘trade room’, caberia uma centena de ‘brokers’”. Assim se inicia o documentário ‘Master of universe’, o ‘Eu confesso’ de Rainer Voss, executivo alemão de um banco. Um homem que diante de uma câmara conta – sem dizer nomes, nem concretizar dados, para não quebrar a cara – como aconteceu a crise financeira de um ponto de vista único: o de um poderoso trabalhador de um banco de investimentos.
‘Master of the Universe’ foi apresentado no ‘Documenta Madrid’ (30 de abril-11 de maio), há duas semanas, e Voss apresentou suas sessões. O alemão deixou o banco em 2008 (após quase 20 anos de trabalho), quando, em seu último emprego – não diz o banco, mas um passeio pela Internet esclarece que foi o Deustche Bank –, acabaram arruinando sua vida.
Voss, que agora tem 55 anos, não é um radical, acredita no capitalismo, nos mercados de valores, gosta de ganhar dinheiro. “O que me enfurece é no que o sistema se converteu. Perverteu-se”.
Ele conta que em seu primeiro dia de trabalho, como trader, ganhou mais do que o seu pai engenheiro poupou em toda a sua carreira. Que em poucos dias fez a sua empresa ganhar muitos milhões de euros. “Meu trabalho? Vamos ver. Primeiro vem o Conselho de Administração, em seguida, um primeiro escalão, e depois um segundo: aà estava eu”. E começa a recordar sua vida e analisar a crise de forma iluminadora: “Criamos inovações financeiras. Conseguimos fazer com que a economia real se subordinasse à financeira. E, sobretudo, desregularizou-se o mercado. Não se engane: não existe o livre mercado. A crise é culpada pela desregularização? Não. É um pré-requisito? Claro”.
Voss ganhou muito dinheiro. Aprendeu inglês – hoje fala fluentemente –, comprou uma casa de verão na Catalunha, deixou de ver a famÃlia, dormia no escritório. “Não existe o mundo exterior. Você sai de férias com os colegas de trabalho, vai para festas com eles. De casa para o trabalho de carro”. E seguia acumulando lucros: “É fácil ganhar muito dinheiro com minúsculos movimentos de preços. Se você tem milhões de euros à sua disposição para investir, precisa apenas que o preço varie 0,0001% para obter grandes benefÃcios.
Na pirâmide alimentÃcia mercantil, empresas como Siemens ou Volkswagen são mais rápidas do que um banco. E abaixo delas estão as companhias intermediárias, os governos locais e os investidores privados. Há um velho ditado nas bolsas: os investidores privados sempre perdem. Às vezes ganham, mas é como jogar roleta”. E recorda: “Há duas décadas, uma ação ficava uns quatro anos nas mãos de seu dono. Hoje a média é de 22 segundos”.
Acesso ao trailer do filme e entrevista com Voss: http://goo.gl/mpuEwC
A tradução é do Cepat (Centro de Pesquisa e Apoio aos Trabalhadores), no site IHU Unisinos
A campanha pelas TTF demanda uma taxa sobre as transações financeiras internacionais – mercados de câmbio, ações e derivativos. Com alíquotas menores que 1%, elas incidirão sobre um volume astronômico de recursos pois esses mercados giram trilhões de dólares por dia.
http://www.outraspalavras.net