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Europa: o escandaloso apoio aos bancos

Nos quatro anos pós-crise, 1,3 trilhão foi doado à oligarquia financeira. Recursos são vinte vezes maiores que “ajuda” destinada a Portugal. Na Esquerda.net

Um relatĂłrio do eurodeputado belga Philippe Lamberts, dos Verdes, antecipado pela revista VisĂŁoonline, chegou Ă  conclusĂŁo de que a polĂ­tica da UniĂŁo Europeia de conceder aos bancos auxĂ­lios para impedir a sua falĂŞncia foi acompanhada de “ajudas implĂ­citas” no valor de 1,3 trilhĂŁo de euros, em quatro anos. Este valor representa nada menos do que 10% de toda a riqueza produzida na Europa, ou quase 20 vezes mais que o emprĂ©stimo da troika a Portugal.

O relatĂłrio explica como os bancos se beneficiaram destas “ajudas implĂ­citas” para obter enormes lucros, e aponta para os bancos da Alemanha, da França e do Reino Unido como os principais beneficiários.

IMPEDIR OS BANCOS DE FALIR, CUSTASSE O QUE CUSTASSE

Para explicar a origem destes subsĂ­dios nĂŁo contabilizados, o relatĂłrio lembra as ajudas dadas pela UE aos bancos depois da falĂŞncia do Lehman Brothers, com o objetivo de enviar aos chamados “mercados” a mensagem de que a Europa nĂŁo deixaria os bancos falirem. Foram atribuĂ­dos auxĂ­lios Ă  banca no valor de 634 mil milhões de euros (oito vezes mais do que o valor do emprĂ©stimo da troika a Portugal), na forma de ajudas Ă  liquidez, de emprĂ©stimos para a recapitalização e compra de ativos “tĂłxicos”, e ainda 492,2 mil milhões de euros em “garantias”.

Acontece que estes auxílios e garantias fizeram com que os ratings dos bancos fossem melhores que os dos próprios países, devido a todos os auxílios e salvaguardas. Beneficiando-se disso, os bancos obtiveram dinheiro a custo mais baixo, e puderam especular à vontade com os títulos da dívida soberana dos Estados em maiores dificuldades, que pagavam juros mais altos. Isto significou um ganho extra aos bancos, o tal subsídio implícito que o eurodeputado belga contabiliza no valor de 1,3 bilhão de euros. Esses ganhos foram tanto maiores quanto era menor o risco do respetivo país, o que fez com que os bancos alemães, franceses e britânicos se beneficiassem mais.

SEM ESSES SUBSĂŤDIOS, BANCOS TERIAM TIDO PERDAS

O relatĂłrio afirma, segundo a VisĂŁo, que “sem estes subsĂ­dios as grandes instituições bancárias na UniĂŁo Europeia estariam a declarar perdas substanciais.” Mas com este apoio estatal os grandes bancos europeus declararam lucros de 16,2 mil milhões em 2012. Isto Ă©: os europeus, com os seus impostos, pagaram os auxĂ­lios aos bancos, e estes lucraram apesar – e por causa – da crise.

Fica tambĂ©m implĂ­cito no relatĂłrio que convĂ©m aos bancos que os Estados tenham os juros das suas dĂ­vidas pĂşblicas o mais alto possĂ­vel – e os juros sobem quanto mais alta for a dificuldade de financiamento do paĂ­s. Assim, os bancos, provocando dificuldades ao financiamento dos Estados, sobretudo dos mais fracos, lucram mais.



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A campanha pelas TTF demanda uma taxa sobre as transações financeiras internacionais – mercados de câmbio, ações e derivativos. Com alíquotas menores que 1%, elas incidirão sobre um volume astronômico de recursos pois esses mercados giram trilhões de dólares por dia.

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